quinta-feira, 24 de março de 2011

Pulp Fiction - Tempo de Violência


“Girl, You’ll be a Woman Soon...” Ao tocar essa música do Neil Diamond, qual é o primeiro filme que você se lembra?...Com certeza, estou me referindo ao mais aclamado sucesso do fantástico Quentin Tarantino, o eletrizante “Pulp Fiction – Tempo de Violência”, filme vencedor da Palma de Ouro em Cannes e do Oscar de melhor roteiro original.
Os filmes do Tarantino são geniais. Sou suspeito pra falar que adoro suas obras, sempre com diálogos memoráveis e roteiros não-lineares, recheados de muita violência e jorrar de sangue. Não são filmes que o espectador se sente horrorizado, pelo contrário, empolga e diverte o público pela maneira inteligente e muito peculiar do diretor ao explorar seus roteiros. E foi dessa forma que seus badalados filmes o alcançaram ao estrelato no início dos anos 90.
Sabe-se que esse grande diretor usa e abusa de algumas referências a outros filmes ou diferentes gêneros, em seu estilo, história e diálogos. Verborrágico, Tarantino também é considerado uma enciclopédia do cinema, e suas inspirações cinematográficas refletem em seus trabalhos.
É bem perceptível em seus filmes: os “cortes” bem característicos, usados como se dividisse a trama em capítulos, numa cronologia fragmentada; e as cenas de diálogos em que a câmera se localiza dentro de um carro. Sem contar, que os diálogos são ótimos, tão longos quanto as cenas.
Não obstante, em “Pulp Fiction”, Tarantino utiliza esses recursos técnicos mostrando um cotidiano violento, recorrente em três histórias não cronológicas. Na primeira, os mafiosos Vincent Vega (John Travolta) e Jules Winnfield (Samuel L. Jackson) tem a missão de fazer uma cobrança a mando do chefe Marsellus Wallace (Ving Rhames). Já em outra história, Vincent leva Mia Wallace (Uma Thurman), mulher de seu chefe, para se divertir enquanto este viaja. E por último, entra a história de Butch Coolidge (Bruce Willis), boxeador que está em apuros com Marsellus por não cumprir um devido acordo.
A famosa dança entre Travolta e Thurman é a cena que eu mais gosto, dentre outras inesquecíveis! Melhor ainda é sua extasiante trilha sonora...
O filme já é atraente desde o começo. Uma ótima música embala os créditos iniciais, que deixam a impressão do filme ser contado de trás pra frente, como se estivesse terminando, e logo de quebra, entra a cena dos assaltantes, interpretados pelos ótimos Tim Roth e Amanda Plummer. Detalhe que estes só aparecem no começo e no fim.
E o que falar do seu elenco estelar, que ainda conta com Harvey Keitel, Maria de Medeiros, Eric Stoltz, Rosanna Arquette e Christopher Walken?...Simplesmente PERFEITO!
Só tenho que aplaudir a “fera” chamada TARANTINO e seu filme provocante e sensacional.

Por Mário Zaparoli

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