segunda-feira, 21 de março de 2011

A Chave de Vidro, de 1942


 “Crime”, “Gangsteres” e “Corrupção”, arquétipos essenciais que permeiam um clássico filme noir como “A Chave de Vidro”. Uma intrincada e envolvente trama, baseada no best-seller de Dashiell Hammett, que ainda traz os belos e baixinhos astros Alan Ladd e Veronica Lake, mais uma vez juntos, formando um casal perfeito.
Como sempre interpretando mulheres fatais, a divina Lake abrilhantava as telas. Embora era daquelas atrizes que combinava para fazer somente esse tipo de papel, longe de ser considerada uma grande atriz. Que ela foi um ícone do cinema, não posso negar! Mas o que ela tinha de beleza tinha de morna atuação.
Dirigida por Stuart Heisler (Lágrimas Amargas), a obra ronda sobre um misterioso crime, em que o principal suspeito é o político corrupto Paul Madvig, interpretado por Brian Donlevy. É então que seu líder e leal braço direito Ed Beaumont (Alan Ladd) passa a investigar o verdadeiro assassino que o inocentará. Nesse ínterim, Ed tenta resistir aos constantes assédios da noiva de seu chefe, a socialite Janet Henry (Veronica Lake).
Afinal, Paul é culpado ou inocente? Falsas acusações devido a uma certa rivalidade entre políticos podem ser um tanto intrigantes.
 “A Chave de Vidro” é daqueles filmes que o suspense se instala e te deixa curioso para saber quem é o real culpado do assassinato.
Brigas e emboscadas endossam a trama; e o jogo de gato e rato está armado. As jogadas de Beaumont com os gangsteres na busca de informações, estilizam o roteiro.
A cena do brutal espancamento do personagem de Alan Ladd pelos gangsteres dá ao espectador aquela sensação de agonia e impaciência, em que você torce para que ele reaja rapidamente e se liberte dos canalhas.
Personagens corruptos, violentos e moralmente ambíguos integram a história.
Destaque para a espetacular fotografia em preto e branco e os figurinos sempre exuberantes da memorável Edith Head. A elegância desse clássico é abrangente em todos os sentidos.
Um filme correto, com começo, meio e fim plausíveis.

Por Mário Zaparoli





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