domingo, 27 de fevereiro de 2011

Crítica: "Inverno da Alma", de Debra Granik


Prepare-se para sentir um inverno de total frieza. Um inverno tão profundo e tocante que te deixa congelado. Denso e penetrante é o “Inverno da Alma”, um belíssimo trabalho de Debra Granik, premiado no Festival de Berlim e no Sundance Film Festival.
Essa é uma produção independente baseada no romance homônimo de Daniel Woodrell, em que uma jovem de 17 anos, Ree Dolly (Jennifer Lawrence), tem responsabilidades de sobra. Além de cuidar da mãe doente e dos dois irmãos pequenos, tem a difícil missão de salvar a casa que seu pai desaparecido usou para garantir fiança. Assim, Ree parte em busca de seu pai arriscando sua vida ao desafiar o silêncio e as ameaças de seus parentes.
É um thriller penetrante que ressalta a força e a coragem da personagem principal e a frieza das pessoas ao seu redor.
Seu elenco é desconhecido e extraordinário, destaque para a sublime atuação da protagonista Jennifer Lawrence.
Com quatro indicações ao Oscar incluindo melhor filme e melhor atriz, o longa contém cenas nada ortodoxas, embalado com melancólicas músicas country em um cenário sombrio e espetacular.
Apesar de belo, pode deixar o espectador com incógnitas. Surpreendeu-me, não esperava que fosse uma trama com tanto rigor. 

Por Mário Zaparoli



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