domingo, 27 de fevereiro de 2011

Crítica: "A Condessa Descalça", de Joseph L. Mankiewicz


Luxo e elegância imperam em “A Condessa Descalça”. Que obra brilhante! E com o grande cineasta Joseph L. Mankiewicz (A Malvada) na direção, o filme só pode ser considerado extraordinário. Sem contar, a beleza e o glamour de Ava Gardner cintilando as telas. É realmente magnífico!
Nesse drama espetacular, uma dançarina espanhola Maria Vargas (Gardner) é convencida pelo diretor de cinema Harry Dawes (Humphrey Bogart), a se tornar uma atriz de sucesso em Hollywood. Até que um dia ela conhece um conde e se torna sua esposa.
Sou suspeito pra falar que Bogart é um dos melhores do cinema. Um grande ator que já fez tantos filmes bárbaros em uma sólida e fascinante carreira. E quando o astro se une a estrelas como Ava Gardner e Edmond O’Brien, é definitivamente imperdível!
Do início ao fim, o filme me pareceu ter um ar fúnebre que combinou perfeitamente com o estilo Bogart; e o papel de Gardner deu um toque romântico e sedutor. O’Brien está muito bem em cena ao interpretar um esperto relações públicas, numa performance que lhe rendeu um Oscar de melhor ator coadjuvante.
É bom que o espectador acompanhe detalhadamente as cenas para não perder o melhor do filme, o seu roteiro inteligente e muito bem escrito por Mankiewicz.
É o primeiro filme que vi com a maravilhosa Gardner e já fiquei impressionado com a sua beleza natural. E ao usar belíssimos figurinos, você se depara com uma divindade, uma “condessa” de primeira.
Nunca vi alguém andar descalço com tanta fineza como a personagem de Gardner. Agora em diante, tenho vontade de andar descalço pra lá e pra cá com a mesma liberdade e segurança de Maria Vargas. Que encanto!
Ver a ex-Sinatra dançando em um filme pela primeira vez em toda sua carreira, é um privilégio.
Enfim, “A Condessa Descalça” é um sucesso de primeiríssima qualidade, impossível de não apreciar.

Por Mário Zaparoli


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