segunda-feira, 25 de abril de 2011

"O Maior Espetáculo da Terra", de Cecil B. DeMille


Respeitável público é uma honra poder apreciar e indicar a todos para que assistam à clássica obra do mestre Cecil B. DeMille, “O Maior Espetáculo da Terra”. Um verdadeiro show de entretenimento e exuberância, em que o mundo circense nunca foi tão bem representado.
Com Charlton Heston, Betty Hutton, Cornel Wilde, James Stewart, Gloria Grahame e Dorothy Lamour no elenco, o espetáculo está garantido, não só pelas atuações, com destaque para Heston, Wilde e Stewart, quanto na genial direção e produção de DeMille, no roteiro muito bem elaborado, nos deslumbrantes figurinos de Edith Head, e na bela trilha sonora. Sem contar a maravilhosa fotografia de George Barnes. O filme é realmente imperdível!
Com a “Grande Lona” a ponto de ir à lona, o durão gerente do circo Brad Braden (Charlton Heston) contrata o ousado e lendário trapezista Sebastian (Cornel Wilde) para revitalizar o espetáculo. Tão logo, sua chegada desperta a rivalidade e admiração de Holly (Betty Hutton), namorada de Braden e estrela do trapézio. Para recuperar seu lugar no centro do picadeiro, a talentosa Holly se vê numa desafiadora e perigosa batalha, em que acaba dividida entre o amor do enérgico Brad e do provocante Sebastian.
Mas esse é só um dos problemas de Brad, além dos caprichos de outros artistas, tem que lidar ainda com trapaceiros e assaltantes. Dentre os artistas, Dorothy Lamour, Gloria Grahame, e James Stewart, sensacional no papel do divertido e bondoso palhaço Buttons, que nunca retira a maquiagem por esconder um terrível segredo do passado.
O filme apresenta os bastidores do circo e os dramas e aventuras de um grupo de artistas de um grande espetáculo. A trama consiste em ótimos momentos de suspense, romance e tensão. Destaque para as emocionantes cenas do duelo entre Holly e Sebastian no trapézio, e as seqüências de um realista e espetacular choque entre trens.
Vencedor do Oscar de melhor filme e história original, e merecidamente indicado nas categorias de melhor diretor, figurino e edição, “O Maior Espetáculo da Terra” conseguiu derrotar clássicos como “Cantando na Chuva”. Tal premiação gerou críticas por muitos especialistas que o consideraram um dos piores ganhadores da história do Oscar.
O filme é um tanto longo, com quase três horas de duração, e pode deixar o espectador cansado em ver algumas cenas maçantes e até repetitivas. Mas é inegável que essa mega produção seja super interessante e admirável. Também com o expert Cecil B. DeMille dirigindo a trama, só poderia resultar nessa grandiosa obra.

Por Mário Zaparoli


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