quinta-feira, 2 de abril de 2009

Homenagem a Clara Nunes

26 anos sem Clara cantar para o Brasil
Hoje, 2 de abril faz 26 anos que o Brasil perdia uma das grandes estrelas da MPB, a cantora popular brasileira Clara Nunes. No auge da carreira, ela morreu aos 39 anos, em 2 de abril de 1983, após ficar internada 28 dias em coma devido a um choque anafilático, ocorrido durante uma cirurgia de varizes malsucedida.
Mineira, de Paraopeba, Clara encantava a todos pelos quatro cantos do País. E marcou sucesso, deixando, na saudade e na lembrança, lindas canções interpretadas pelo brilho de sua voz.
Até hoje, a cantora é reconhecida por muitos, tanto no Brasil como no exterior. Fãs de todo o País ainda lembram e cantam suas músicas de sucesso. Na internet, há homepages e comunidades criadas por fãs que sempre a adoraram e que passaram a gostar, mesmo não tendo vivido no seu tempo.
Em 1960, Clara Nunes foi a vencedora da final do concurso A Voz de Ouro ABC, com Serenata do Adeus (de Vinícius de Moraes). Nesta mesma época, cantava em boates e clubes, tendo sido escolhida, por três vezes, a melhor cantora do ano.
Em 1965, foi para o Rio de Janeiro e passou a se apresentar na TV Continental, no programa de José Messias. Após teste, foi contratada pela Odeon e, em 1966, lançou seu primeiro LP, A Voz Adorável de Clara Nunes, em que interpretou boleros e sambas-canções.
Clara conquistou muitos fãs com grandes sucessos que marcaram seu estrelato na MPB, as músicas Você passa e eu acho graça (1968), Tristeza Pé no Chão (1972), Conto de Areia (1974), O Mar Serenou (1975), O Canto das Três Raças (1976), As Forças da Natureza (1977), Guerreira (1978), Morena de Angola (1980, composta por Chico Buarque), Portela na Avenida (1981, um tributo à escola) e Nação (1982, que foi seu último sucesso), entre outras.
Clara era conhecida como Sabiá e Guerreira. Ficou famosa também por suas canções em temas de Candomblé, sua religião, e por sua vestimenta característica, sempre de branco e com colares e miçangas de origem africana.
Notável a partir da década de 60, ligada à escola de samba Portela, destacou-se como intérprete de samba. E apresentou-se em vários países da Europa e América Latina.
O compositor e ex-marido da cantora, Paulo César Pinheiro, na edição do álbum Clara Com Vida,declarou que ela era querida e respeitada e o que mais fez em vida foi cultivar amigos. Alguns nomes, como Roberto Carlos, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gal Costa e até a difícil Elis Regina, fizeram parte de sua carreira. Eram pessoas de quem ela gostava muito.
"Fui eu quem produziu quase todos os discos de Clara. Sabia, com certeza, seus gostos e preferências", diz Pinheiro, na edição do álbum. Nesta obra, ele convidou amigos da MPB, como Chico Buarque, Martinho da Vila, Gilberto Gil, João Bosco, Milton Nascimento, Alcione, Ângela Maria e João Nogueira, para cantar alguns de seus sucessos.
Em dezembro de 1997, a gravadora EMI reeditou a obra completa de Clara, em 16 CDs no estúdio da Abbey Road, em Londres. E, em 2004, foi lançado o Box Clara Nunes, composto de 8 CDs contendo toda a sua obra.



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