terça-feira, 16 de junho de 2009

O Sensacionalismo na Mídia

Foto de Kevin Carter tirada no Sudão

Em março de 1993, uma foto feita por Kevin Carter, no Sudão, chamou a atenção do mundo, mas não pelo fato de uma bela imagem. Mostrou a realidade de uma guerra civil, totalmente egoísta e fria.A foto mostra uma criança desnutrida e sem forças que tenta sobreviver, enquanto isto há um abutre atrás à espera de sua presa.Este trabalho concedeu o Prêmio Pulitzer de melhor fotografia para Kevin Carter. No entanto, o prêmio gerou polêmica e começaram a aparecer divergências nas opiniões. Muitos questionaram a atitude do fotógrafo por não ajudar aquela criança ao presenciar aquela cena tão deprimente.Após três meses de conquistar o título, este fotógrafo suicidou-se, não só pelo choque emocional, mas também pelos problemas pessoais que passava.Aí surge a questão: “A que ponto uma pessoa pode ser profissional? Será que uma foto vale mais do que sua própria vida?Este é um dos muitos fatos marcantes que mostram o que é o sensacionalismo.Hoje o que abastece o jornalismo é o sensacionalismo em qualquer tipo de mídia. Mas quem é realmente o culpado por tudo isto? O comunicador, o fotógrafo, o próprio profissional ou o público?Ao analisarmos, o público é o que alimenta esta mídia por curiosidade do que chama a atenção, do que dá audiência.A prova disto são os programas líderes de audiência e muitos veículos impressos também, como a revista Veja, que mostram os fatos como o público quer.E aonde está a ética profissional?Para nós futuros jornalistas, a ética está em informar, respeitando o espaço de outro, sem invadir a privacidade do indivíduo de uma família, que por ventura pode se tornar o alvo de uma notícia.

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